Congresso Nacional de Psicologia é aberto em Brasília
Foi aberto nesta quinta-feira (16) o 9º Congresso Nacional de Psicologia (CNP). Com o tema “Psicologia, no cotidiano, por uma sociedade mais democrática e igualitária”, o evento reúne cerca de 270 pessoas, entre delegados (as), estudantes e convidados (as) de todas as regiões do país. Nesse primeiro dia, além da mesa de abertura, foram realizadas a deliberação do Regimento Interno e a eleição da mesa Diretora do CNP.
O objetivo do Congresso é promover a organização e a mobilização das (os) psicólogas (os) para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão, definindo políticas nacionais a serem implementadas e/ou reguladas pelos Conselhos de Psicologia entre setembro de 2016 e setembro de 2019 e garantindo a participação direta das (os) psicólogas (os) no processo de deliberação acerca das ações do Sistema Conselhos de Psicologia no próximo triênio. Será, também, espaço de articulação para composição, inscrição e apresentação de chapas que concorrerão ao mandato do Conselho Federal de Psicologia (CFP), na gestão 2017 a 2019.
Abertura
A presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Mariza Monteiro Borges, fez a saudação inicial. Ela afirmou esperar que o CNP seja voltado para pensar as políticas do CFP e do Sistema Conselhos de Psicologia para a Profissão e para o trabalho do psicólogo. “Que essa meta de trabalhar em ampliar e fortalecer os horizontes profissionais nos una e, independente de toda e qualquer diferença partidária, esse CNP represente a pluralidade e fortaleça a democracia entre nós, pois o nosso partido é a Psicologia”, ressaltou.
A representante do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli, destacou a parceria histórica entre a entidade e o Sistema Conselhos de Psicologia, ressaltando que o CFP é um ator fundamental na luta em prol da diversidade e pluralidade dos meios de comunicação. Ela afirmou, ainda, que essa luta se dá em um cenário de uma comunicação que, infelizmente, “deforma comportamentos, silencia setores importantes da sociedade e afronta direitos humanos fundamentais”.
Segundo Mielli, a luta conjunta tem destaque, por exemplo, na pauta relativa à garantia da classificação indicativa. “Essa parceria do FNDC com o CFP, para nós, é muito importante, porque a nossa luta é para que a gente possa ampliar o debate junto à sociedade do papel da mídia na formação social e cultural do povo brasileiro, e da necessidade de termos um ambiente que garanta direitos e promova diversidade e pluralidade, para que possamos ter efetivamente a liberdade de expressão como um princípio respeitado pela mídia brasileira”, afirmou.
A representante do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH), Maria de Lourdes Nunes, apresentou o histórico da entidade e destacou pautas comuns entre o MNDH e o Sistema Conselhos de Psicologia, como a defesa do Estado laico e de direitos sexuais e reprodutivos, luta antimanicomial, luta contra a redução da maioridade penal, despatologização trans, defesa dos direitos e contra a violência à mulher “Lutar significa estar junto, e essa luta luta é nossa. Direitos Humanos é nossa poesia, CFP e MNDH”. Ela também lembrou da atuação histórica em defesa do tema dos psicólogos Marcus Vinicius Oliveira e Fábio Belloni, mortos neste ano.
Para Deborah Rosária Barbosa, representante do Fórum Nacional de Entidades da Psicologia Brasileira (FENPB), a busca de parcerias com psicólogos latino-americanos deve ser ampliada. Reflexão similar foi proposta pelo representante da União Latino-Americana da Psicologia (Ulapsi), Davi Alonso Ramirez Acuña, ao abordar a busca pela ampliação dos espaços da Psicologia na América Latina.
O conselheiro do CFP Rogério Oliveira apresentou um o balanço das ações do XVI Plenário do CFP , baseado nas ações propostas pelo 8º Congresso Nacional da Psicologia (CNP), realizado em 2013, e a representante da Comissão Organizadora Nacional (Comorg) do 9º CNP, Jaira Rodrigues, encerrou a cerimônia de abertura fazendo um balanço de todos os eventos preparatórios e Congressos Regionais de Psicologia (Coreps) realizados esse ano.
Programação
Durante os quatro dias de atividades, nove grupos de trabalho vão debater e deliberar sobre temas como condições de trabalho, democratização do Sistema Conselhos, relação com entidades, transparência, emergências e desastres, criança e adolescente, reforma psiquiátrica e luta antimanicomial, educação, relações raciais, avaliação psicológica, psicoterapia, relação com a Justiça e ampliação do exercício profissional, entre outros.
As 329 propostas, divididas em três eixos, foram compiladas pela Comissão Organizadora Nacional (Comorg) por afinidade temática a partir de propostas advindas dos 23 Congressos Regionais de Psicologia (Coreps) realizados na etapa anterior.
No domingo (19), após o encerramento das atividades em Plenária, serão apresentadas as chapas concorrentes ao Sistema Conselhos.
Participação
O CNP acontece a cada três anos e possibilita a participação direta e democrática da categoria na construção da Psicologia. Para o Conselho Federal de Psicologia (CFP), é essencial que os (as) profissionais psicólogos (as) se mobilizem e participem, inclusive, das etapas de construção do evento.
Todas atividades em Plenária do 9º Congresso Nacional da Psicologia (CNP) serão transmitidas em tempo real por meio dos links:
18/06 – https://www.youtube.com/watch?v=CUA2lq_PnD0
19/06 – https://www.youtube.com/watch?v=Fh7hGwEK9ms
Na sexta (17), quando os (as) participantes se dividirão em nove grupos de trabalho, não haverá transmissão.
Clique aqui e confira a programação.